Por Ronaldo Souza
Os políticos e seus partidos costumam usar celebridades, particularmente os “artistas”, para fazerem campanha a seu favor.
É normal em todos os lugares.
Nada é ou deveria ser rígido, ao pé da letra, mas não há como negar que até nesse sentido também há diferenças que muitas vezes são gritantes.
Ainda que muitos não percebam, o que é facilmente explicável.
Tendo em vista que isso é tão “importante”, vamos por aí.
Como não perceber, por exemplo, que ter do seu lado Chico Buarque não pode ser em nada comparável a ter Lobão.
Alguém já disse:
“Dê 15 minutos diários na Globo que qualquer idiota se torna celebridade”.
Não se busca mais o reconhecimento pela competência.
A notoriedade hoje é a meta.
Se não em todas, isso está ocorrendo em muitas atividades profissionais.
E muitos não percebem que mesmo a notoriedade alcançada pela competência em determinada área apresenta limites bem definidos.
Como diz a sabedoria popular:
“Cada macaco no seu galho”.
Ah, como adoro a sabedoria que vem do povo.
Ana Paula
Imaginando que o vôlei lhe deu autoridade para falar sobre qualquer coisa, muito comum entre alguns, Ana Paula é apenas mais uma dessas pessoas que alcançam a notoriedade sem nada mais a oferecer fora da sua atividade.
Constitui um caso clássico de ignorância ativa.
Como se pode observar, o vídeo acima é um desfile absurdo de absoluta ignorância política.
E são pessoas assim, algumas motivadas por interesses desconhecidos, que arrastam milhares de “inocentes” pelos mesmo descaminhos que trilham.
O que é incrível nisso tudo?
Qualquer um que tivesse o mínimo de conhecimento sobre as coisas da política saberia quem era Aécio Neves.
E durante a campanha política vários fatos que mostravam claramente quem realmente ele era foram expostos à população.
Não viram ou não quiseram ver?
Não acredito que nesses segmentos onde tem imperado esse desconhecimento sócio-político não haja pessoas de bom senso.
Resta então uma pergunta.
Por que se deixaram levar tão fácil e docilmente pela correnteza da ignorância?
Não a ignorância como muitas vezes é “vista” a palavra, como uma ferramenta de agressividade e ofensa, mas a ignorância de quem simplesmente ignora.
Teriam sido também eles induzidos ao desconhecimento de coisas primárias ou há algo bem maior por trás a explicar a estupidez cometida?
O que pensar desses segmentos ditos diferenciados da sociedade que não só foram eleitores convictos de Aécio como fizeram campanha agressiva a seu favor por vê-lo como político competente e digno contra a corrupta vagabunda da Dilma Rousseff?
Não só permitiram como também contribuíram de forma decisiva para que o país chegasse à deplorável situação em que se encontra hoje.
Onde estão agora?
Alguns se manterão escondidos como estão e outros tentam se eximir do mal que fizeram e fazem ao país (mas não é a primeira vez) dizendo-se enganados, com explicações que, sem que percebam, só expõem a ignorância política absurda que possuem.
Ora, o que significa de fato ignorar quem era Aécio?
Ignorância política no mais alto grau!
Simples.
Como entender que os predestinados se permitem tamanha alienação?
Irão seguir exibindo a estupidez de até então ou irão assumir a verdadeira razão que está por trás da inexplicável postura assumida?
Esses mesmos amanhã estarão com Dória e Bolsonaro.
Alguns já estão.
“A inteligência do homem tem limites, a estupidez não”
Nietzsche