Dia das Mães sem Marisa

Marisa, a loja'

Por Ronaldo Souza

“Em mulher não se bate nem com uma flor”.

Como medir o amor?

Como medir o amor de alguém ou por alguém?

Existe alguma fórmula matemática para isso?

Não, o coração não conhece matemática.

Ele é regido por sentimentos.

E os sentimentos trazem consigo a sua regra maior, quem sabe a única.

Não se explica, não se mede.

Sente-se ou não.

Não será por não sentir a beleza da vida que há o suicídio?

O amor se apresenta e ocorre de diversas formas e pode se modificar com o tempo.

O amor não é igual e muito menos imutável.

Entretanto, se não se pode medi-lo, sabe-se que há pelo menos um tipo que não cabe em nenhum lugar.

O amor de mãe.

Nada há de mais sublime.

Você nunca viu que aquele assassino mais cruel, mais desumano, cuja alma parece não mais existir, guarda dentro dele, escondido em algum lugar da sua angústia, do seu desespero, da sua desumanidade, uma última gota de amor?

A quem ele dedica?

À Mãe.

Este amor foi ofendido, agredido, violentado.

O festival de estupidez que assola o país se disseminou e se incorporou de forma inimaginável a determinados segmentos da sociedade brasileira e agora atinge o seu píncaro.

Poucos escaparam.

A estupidez leva à cegueira.

E graças à estupidez, marisa, a rede de lojas, conseguiu o que parecia ser impossível.

Motivada pelo que há de mais rasteiro, cruel e covarde com o objetivo de atingir o seu interesse comercial, a marisa agrediu violentamente o seu público alvo; a mulher.

No dia dedicado ao amor, marisa agrediu o que há de mais sagrado.

A Mãe.

Fonte inesgotável de amor.

Não de ódio.

Este será o primeiro Dia das Mães em que se semeou ódio no seio da mulher brasileira.